Evento acontece por meio da Década de Ação pela Nutrição (2016-2025) da Organização das Nações Unidas. Redução da obesidade e do consumo de sal são temas principais dos trabalhos
Alimentar-se bem é uma das melhores maneiras de prevenir doenças crônicas. A fim de discutir e melhorar as políticas voltadas a esse tema, o Brasil comprometeu-se a participar da Década de Ação pela Nutrição (2016-2025) da Organização das Nações Unidas (ONU). Assim, nesta quinta-feira (03) e sexta-feira (04), o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, realiza, em Brasília, o primeiro Encontro Regional sobre Redes nesse âmbito com a presença de outros nove países.
Durante o evento, serão trabalhadas duas redes de debates sendo uma voltada às estratégias para redução do consumo de sal e a prevenção e controle de doenças cardiovasculares; e outra para promoção de Guias Alimentares baseados em Alimentos para prevenção da obesidade e redução das doenças crônicas. O principal objetivo dessas duas frentes é apoiar a elaboração, aprimoramento e implementação de estratégias que melhorem a saúde da população das Américas e Caribe.
Participam deste encontro representantes dos Ministério da Saúde da Argentina; Canadá; Chile; Costa Rica; Colômbia; Equador; México; Peru; e Uruguai. Além de estarem engajados com os temas centrais, os mesmos possuem trabalhos destaques nessas linhas que contribuem para a construção das políticas públicas nas nações vizinhas.
O Brasil, nesse sentido, foi um dos primeiros países a lançar um Guia Alimentar para a sua população. A primeira versão foi publicada em 2006, e a segunda em 2014, após ter sido constatado que “as principais doenças que acometem os brasileiros deixaram de ser agudas e passaram a ser crônicas”. A obesidade, por exemplo, acomete um em cada dois adultos e uma em cada três crianças brasileiras.
Mais de 100 países já desenvolveram Guias Alimentares, mas o trabalho do Brasil foi reconhecido internacionalmente por seu protagonismo na elaboração de suas recomendações, trazendo à luz discussões quanto aos sistemas alimentares, formas de produção, circunstâncias que envolvem o ato de comer e valorização da alimentação tradicional brasileira.
Um dos temas pautados no Guia refere-se à redução das quantidades de açúcar, gorduras e sódio nos alimentos processados. Desde 2007, o Ministério da Saúde possui um acordo com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) para melhorar o perfil nutricional dos alimentos industrializados. Na primeira avaliação desse processo, em 2010, verificou-se que houve 93,4% de alcance das metas pelas indústrias representadas pela Abia, o que representou redução estimada em 250 mil toneladas de gorduras trans nos produtos processados. O acordo foi renovado no ano passado, a meta é retirar, voluntariamente, 28,5 toneladas de sódio da alimentação dos brasileiros que ingere atualmente 12 gramas de sódio por dia, mais que o dobro do máximo sugerido pela Organização Mundial da Saúde, que é de 5 gramas.
LINK PARA O “GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA”:
http://www.diabetes.org.br/publico/images/pdf/guia-alimentar-para-a-pop-brasiliera.pdf
Créditos: Ministério da Saúde