01/12/2021 - DEZEMBRO VERMELHO: MAIS DE 40 ANOS DE LUTA CONTRA O HIV.
Lidar com o HIV nos dias de hoje não é nem de perto semelhante à forma como lidávamos com ele há alguns anos. Apesar de relatos sugerirem que as primeiras aparições do vírus foram entre os anos 1920 e 1930, na África Central, a doença tomou proporções maiores nas décadas de 1960 e 1970, quando o número de infectados aumentou significativamente na população, acometendo pessoas de todas as classes sociais.
Alguns grandes artistas da época expressaram a sua luta contra o HIV, sendo considerados como exemplos de coragem e força para todos. Infelizmente, a doença fez muitas vítimas em todo o mundo, devido à falta de conhecimento e consequentemente tratamentos eficazes na época.
Cerca de 40 anos após as primeiras manifestações, o HIV ainda não foi erradicado, e alguns países africanos enfrentam estados endêmicos da AIDS. Só em 2020, houve 1,5 milhão de novas infecções por HIV e, no mesmo ano, aproximadamente 690 mil pessoas morreram dessa enfermidade no mundo.
Como se isso não bastasse, os casos se agravaram devido a pandemia da Covid-19. Isso porque em muitas localidades, o SARS-CoV-2 chegou onde já havia a epidemia do HIV, que por si só exige cuidados redobrados assistenciais à saúde, além de auxílios governamentais para o fornecimento de medicamentos para pessoas soropositivas, evitando assim novas infecções. Apesar do avanço aos medicamentos, 15 milhões de pessoas ainda vivem sem acesso à terapia antirretroviral, o que compromete o sistema imunológico do indivíduo infectado e torna-os ainda mais susceptíveis a outras infecções.
O mês de dezembro é lembrado pela cor vermelha, e se destaca como o mês de conscientização e da luta contra a AIDS. Ao longo dos anos, algumas ações emergenciais foram tomadas para minimizar e/ou erradicar a doença. Em 2015, países do mundo inteiro comprometeram-se a reduzir a desigualdade dentro dos países, e entre eles. O compromisso tinha como objetivo acabar com a AIDS até 2030. Para isso, as desigualdades econômicas, sociais, culturais e jurídicas precisariam ser extintas. Chegando próximo a 2022, percebe-se que estamos longe de conseguir cumprir a meta até 2030.
Receber um diagnóstico de uma doença ainda sem cura não é fácil. Uma nova rotina de cuidados, medicamentos e exames passa a fazer parte da vida dessas pessoas. É preciso cautela, atenção e muita paciência.
As estatísticas são otimistas. Com o tratamento adequado, 90% das pessoas soropositivas alcançam a supressão viral (carga viral indetectável). Com o uso correto dos medicamentos e o acompanhamento da doença, uma pessoa soropositiva leva uma vida normal. Mas para isso é necessário realizar o tratamento de forma correta e realizar exames de acompanhamento, para que o indivíduo tenha uma melhor qualidade de vida, bem como para auxiliar os médicos nas tomadas de decisões mais assertivas.
Previna-se, e se necessário, procure seu médico e realize exames diagnósticos.
Créditos: UNAIDS Brasil / DB Molecular